"Com isso, a região teve o pior abril dos últimos 15 anos, desde que o instituto iniciou o monitoramento por satélites, em 2008. (...) A área de floresta do tamanho da cidade do Rio de Janeiro foi posta abaixo no bioma", avalia o Imazon.
A medição independente do Imazon, reafirma a destruição já apontada pelos dados oficiais: dados do sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Deter, que foi divulgado no dia 6 de maio, onde mostra que pela 1ª vez na história do sistema, os alertas mensais de desmatamento ultrapassam 1 mil km² no mês de abril.
Ameaça espécies de peixes recém-descobertas
O desmatamento na Amazônia está colocando em risco a existência de duas espécies de peixes que acabaram de ser descobertas, O P. callipterus, que habita às margens do que os cientistas chamam de riacho de água preta e o P. rhizophilus, que se projetam das margens de riachos de água lamacenta.
O alerta feito pelos pesquisadores do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, em Washington, D.C., nos Estados Unidos, aponta que os peixes vivem no limite da invasão humana na floresta amazônica a cerca de 40 quilômetros ao norte da cidade brasileira de Apuí.
A pesquisa comandada por Murilo Pastana, publicada no Zoological Journal of the Linnean Society, uma revista científica mensal, descobriu e descreveu essas duas novas espécies de peixes amazônicos. Um deles possui barbatanas vermelho-alaranjadas e o outro é tão pequeno que é, tecnicamente, considerado uma espécie de peixe em miniatura.
Ambas as espécies habitam águas doce. Pastana e os coautores do estudo, Willian Ohara, da Universidade Federal de Rondônia, e Priscila Camelier, da Universidade Federal da Bahia, afirmaram que o desmatamento em curso na região coloca esses peixes de cerca de um centímetro de comprimento, em perigo iminente de extinção.
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