Foto: Werner Zotz / Reprodução
Considerada a metrópole dominante da Amazônia Ocidental, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital do Amazonas é rica em cultura, gastronomia, mas, principalmente em hospitalidade e receptividade. Seu centro histórico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde o ano de 2012. De lá para cá, suas edificações do período áureo da borracha, foram preservadas e que hoje, mesclam com construções modernas recém construídas.
Atualmente com cerca de 1,8 milhão de habitantes, de acordo com o ultimo censo do IBGE, Manaus faz parte do rol das cidades históricas do Brasil, com inscrição no Libro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo Arqueológico. Aqui, foram construídos importantes símbolos que marcaram o ciclo da borrada, que trouxe para a capital amazonense, desenvolvimento econômico, preservação e reconhecimento.
Mesmo respirando cultura, uma parte da população da Paris dos Trópicos, não conhecem quais são os prédios tombados e que hoje fazem parte do sistema de proteção nacional. Diante disso, o Laranjeiras News separou 8 importantes construções que contam com a proteção do Instituto, conheça:
1. Teatro Amazonas
O Teatro Amazonas é o principal símbolo cultural e arquitetônico do estado. O espaço foi inaugurado em 1896, e é a expressão mais significativa da riqueza da região durante o Ciclo da Borracha. Localizado no Largo de São Sebastião, no centro histórico, o teatro foi construído no estilo renascentista, com detalhes ecléticos.
No ponto mais alto, a famosa cúpula chama atenção, e impressiona com uma verdadeira arte composta por 36 mil peças nas cores da bandeira brasileira, importada da Alsácia, na França. O teatro teve todas as suas peças importadas da Europa e que em solo manauense, deram vida ao majestoso.
2. Palacete Provincial
O Palacete Provincial que hoje abriga cinco museus de diferentes linguagens foi fundado em 1874 e, por mais de 100 anos, foi a sede do Quartel da Polícia Militar do Amazonas. Em março de 2005 o espaço passou por um restauro e foi reinaugurado em 2009 e aberto para visitação pública completamente gratuita. Atualmente, a construção abriga o Museu de Arqueologia; Museu da Imagem e do Som; Museu de Numismática do Amazonas; Museu Tiradentes e Pinacoteca do Estado.
O Museu de Arqueologia reproduz escavações e artefatos descobertos na região; Já no Museu da Imagem e do Som tem possui um acerco de DVDs e CDs para exibição gratuita no local; O Museu Tiradentes homenageia os bombeiros e a política do Estado, com armas e fardas em exposição; Já o Museu de Numismática conta com um acervo de 8 mil moedas.
3. Mercado Municipal Adolpho Lisboa
O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, está localizando às margens do Rio Negro, próximo a Feira Manaus Moderna, no centro histórico. O espaço é um dos mais importantes centros de comercialização de produtos regionais. Construído no período no áureo da borracha, seus materiais foram importados da Europa e sua estrutura de ferro fundido foi projetada pelo renomado engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo que projetou à famosa Torre Eiffel, na capital francesa.
O espaço foi inaugurado em 15 de julho de 1883 e em 1987 foi tomado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN. O mercado também se destaca como um ponto cultural e turístico da cidade. O prédio foi passou por obras de restauro em 2006 e foi reaberto em 2013. Atualmente, o mercado abriga vendedores de produtos regionais, peixarias e diversos outros produtos originais da Amazônia.
4. Biblioteca Pública do Amazonas
O edifício sede da Biblioteca Pública do Amazonas foi construído entre 1905 e 1910 e fica localizada na Rua Barroso, no centro da capital. Antes disso, no local funcionava o Estábulo Público. A biblioteca funcionou em diversos espaços antes de ter sua sede própria. O prédio foi projetado pelo arquiteto paraense José Castro de Figueiredo e sua arquitetura predomina o estilo eclético, com predominância de elementos clássicos.
A primeira biblioteca pública do estado conta com um acervo de mais de 32 mil obras raras e amazônicas, cerca de 35 mil volumes dos mais variados temas, jornais e periódicos antigos e um material acadêmico extenso. Logo na entrada, a escadaria principal de ferro, em forma de arco aberto vindo diretamente da Escócia dá as boas vindas. Com toda sua imponência, a biblioteca é um excelente espaço para quem busca conhecimento e história.
5. Centro Cultural Usina Chaminé
Construído em 1906, a Usina Chaminé foi construída para ser uma estação de tratamento de esgoto, porém, nunca funcionou. No ano de 1988, foi tombado como Patrimônio Histórico Cultural, e em 1993 foi reformado e tornou-se um Centro Cultural.
Com características neorrenascentistas, o espaço possui, ao lado direito, uma chaminé de 24 metros, construída com tijolos compactos refratários, coroada por um chapeló em ferro moldado. Por isso, ficou conhecido como Chaminé. No local, o bonde histórico com mais de 100 anos embeleza ainda espaço e marca um momento histórico da cidade de Manaus, que foi a terceira cidade brasileira a possuir um bonde elétrico.
Atualmente o Centro Cultural conta com salas para exposições culturais permanentes e temporárias, com projeção de filmes e oficinas infantis. O prédio fica localizado na Avenida Lourenço da Silva Braga, próximo a Manaus Moderna, no centro de Manaus.
6. Centro Cultural Palácio Rio Negro
Localizado na Avenida Sete de Setembro, o Centro Cultural Palácio Rio Negro foi construído em 1903, para ser a residência particular de um abastado comerciante da borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. O prédio é um dos mais emblemáticos desse período. Construído em estilo eclético, o local funcionou como sede do Governo e, em 1980, foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Amazonas.
O palácio conta com salões para recitais, exposições, lançamentos de livros e inúmeras outras atividades culturais. Ao longo dos anos, foi reformado e por sua beleza arquitetônica foi transformado em Centro Cultural. Atualmente o espaço é administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa e recebe anualmente cerca de 19 mil pessoas.
7. Cemitério São João Batista
Um dos cemitérios mais antigos e famosos, o Cemitério São João Batista, localizado na Avenida Alvaro Botelho Maia, zona centro-sul de Manaus, foi fundado em 1890 e segundo a Prefeitura, conta com mais de 19 mil sepulturas e cerca de 130 mil moradores eternos. Nele estão enterrados personagens importantes da história do Amazonas.
Entre os diversos túmulos famosos, dentre eles, estão o do ex-deputado Wallace Souza, que morreu em julho de 2010; o ex-senador Jefferson Peres, falecido em maio de 2008; Santa Etelvina, jovem assassinada em 1901; o ex-governador Eduardo Ribeiro, político notório que foi responsável por iniciar as obras do Teatro Amazonas, Reservatório do Mocó, Ponte de Ferro da 7 de setembro, e também o do Palácio da Justiça.
Dentro do São João Batista, existem cemitérios, são duas quadras que são reservadas para públicos distintos: um para membros das Irmandade do Santíssimo Sacramento e outra que recebe apenas judeus.
E você, já conheceu algum desses espaços icônicos e emblemáticos da cidade de Manaus? A metrópole da Amazônia é cheia de histórias importantes e curiosidades inacreditáveis.
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